
Estação da Sé de 10 a 31 de março de 2015
No Brasil existe uma certa tradição de artistas trabalharem em grupos. É o caso do Grupo Santa Helena, formado em meados dos anos 30 no edifício de mesmo nome, na Praça da Sé. Em seguida surgem o Grupo Seibi, composto por artistas japoneses imigrantes, o Grupo 15, o Grupo Guanabara, o Grupo Ruptura.
Na década de 70, um outro grupo começa a formar-se na Zona Leste de São Paulo em torno do ateliê de Martins de Porangaba, inicialmente instalado na Rua Herval e, posteriormente, na Rua Saturnino de Brito, no Belenzinho.
Martins participava das sessões de modelo vivo da Associação Paulista de Belas Artes, na Rua Conselheiro Crispiniano, onde conheceu Menacho. Com ele e Garibaldi, saia com frequência a pintar paisagens do Tatuapé, do Parque do Pequeri e de outras paragens da zona leste.
Pelos ateliês de Porangaba passaram vários artistas, que nunca perderam o contato entre si, embora, em determinados períodos ,estivessem mais conectados. Nenhum abandonou a arte. Em 2004, foi implementado o Projeto Cultura Viva, patrocinado pela Universidade São Marcos, por nós curado, que resultou em quatro exposições: uma coletiva e três individuais.
Há dois anos, parte destes artistas passaram a se reunir uma vez por mês para falar sobre arte em geral e sobre pintura e desenho em particular. No Grupo Belenzinho, assim como acontece com outros grupos, os trabalhos individuais são analisados e comentados pelos colegas, elogiados, às vezes criticados de forma respeitosa. Um influencia o outro e, terminada a reunião, voltam para seus espaços com novas ideias … e estimulados.
Desses encontros recentes surge um primeiro fruto público: esta exposição de trabalhos de Célia Ricco, Marlene de Andrade, Martins de Porangaba, Sílvio Bicho, Sônia Manno e Zanvettor no Metrô de São Paulo.
Enock Sacramento
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